DIREITO!

Fiz tão bem o meu curso de Direito que, no dia em que me formei, processei a Faculdade, ganhei a causa e recuperei todas as mensalidades que havia pago. (Fred Allen)
Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça. (Seneca)
Nada mais honroso do que mudar a justiça de sentença, quando lhe mudou a convicção. (Rui Barbosa)

EXERCÍCIOS



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

CURVA DENTE DE SERRA
A representação da movimentação (entrada e saída) de uma peça dentro de um sistema de estoque pode ser feita por um gráfico em que a abscissa é o tempo decorrido (t), para o consumo, normalmente em meses, e a ordenada é a quantidade em unidades desta peça em estoque no intervalo do tempo (t). Este gráfico é chamado dente de serra.




NÍVEIS DE ESTOQUES
CURVA DENTE DE SERRA (GRÁFICO ACIMA)
EIXO (Y) DAS ORDENADAS = QUANTIDADE DE PRODUTOS EM ESTOQUE ( 20 A 140)

EIXO (X) DAS ABCISSAS = MESES DO ANO ( DE JANEIRO A DEZEMBRO)

LIMITE MAXIMO DO ESTOQUE =140 ITENS
SETA EM QUEDA = CONSUMO DOS ITENS EM ESTOQUE.
SETA RETA PARA CIMA = REPOSIÇÃO DOS ITENS EM ESTOQUE (VOLTA A 140 ITENS)

O ciclo representado no gráfico acima será sempre repetitivo econstante se
a) não existir alteração de consumo durante o tempo T;
b) não existirem falhas adm. que provoquem um esquecimento ao solicitar compra;
c) o fornecedor nunca atrasar;
d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.

Considerando que na prática estas condições não ocorrem com uma freqüência, deve-se criar um sistema que absorva as eventualidades, para assim diminuir o risco de ficarmos com o estoque a zero durante algum período.
Elevar, simplesmente, as quantidades de estoque não será a solução mais adequada. Se determinássemos um ponto e, em conseqüência, uma quantidade que ficasse de reserva, para suportar os atrasos de entrega, as rejeições na qualidade e as alterações do consumo, a probabilidade de o estoque ir a zero, e assim não atender as necessidades de consumo/vendas, seria bem menor.

CLASSIFICAÇÃO ABC



CURVA ABC
Eixo (y) das ordenadas
= faturamento de 0 a 100%
Eixo (x) das abcissas = numero de itens de 200 a 2.400

Primeiro intervalo = produtos classe A = 480 itens, correspondendo a 80% do faturamento, produtos de alto valor para venda, poucos produtos vendidos e grande percentual de faturamento.

Segundo intervalo = produtos classe B = 720 itens, correspondendo a 20% do faturamento, produtos de valor intermediário para venda, mais produtos vendidos que os da classe A e portanto um faturamento bem inferior.

Terceiro intervalo = produtos da classe C = 1.200 itens, correspondendo a 15% do faturamento, produtos de pequeno valor para venda, muitos produtos vendidos e no entanto um resultado pequeno no faturamento.




A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; Permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa.

Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a seqüência dos itens e sua classificação ABC, disso resulta imediatamente a aplicação preferencial das técnicas de gestão administrativas, conforme a importância dos itens.

A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a programação da produção e uma série de outros problemas usuais na empresa.

Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:

Classe A:
Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com uma atenção especial pela administração.

Classe B:
Grupo intermediário.

Classe C:
Grupo de itens menos importantes em termos de movimentação, no entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem custo de manutenção em estoque.

FUNÇÕES DO CONTROLE DE ESTOQUE

Para organizar um setor de controle de estoques, inicialmente devemos descrever suas funções principais que são:

1- Determinar "o que" deve permanecer em estoque. Número de itens;
2- Determinar "quando" se devem reabastecer os estoques. Periodicidade;
3- Determinar "quanto" de estoque será necessário para um período predeterminado; quantidade de compra;
4- Acionar o Depto de Compras para executar aquisição de estoque;
5- Receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades;
6- Controlar os estoques em termos de quantidade e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque;
7- Manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados;
8- Identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.

Objetivo básico do CONTROLE DE ESTOQUES

O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta
diligência resulte em estoque excessivos às reais necessidades da empresa.

O controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.

Para mantermos, num tanque, um nível de água estável, é preciso que a abertura ou o diâmetro do ralo permita vazão proporcional ao volume de água que sai pela torneira. Se fecharmos com o ralo destampado, interrompendo, assim, o fornecimento de água, o nível, em unidades volumétricas, chegará, após algum tempo, a zero. Por outro lado, se a mantivermos aberta e fecharmos o ralo, impedindo a vazão, o nível subirá até o ponto de transbordar. Ou, se o diâmetro do raio permite a saída da água, em volume maior que a entrada no tanque, precisaremos abrir mais a torneira, permitindo o fluxo maior para compensar o excesso de escapamento e evitar o esvaziamento do tanque.

De forma semelhante, os níveis dos estoques estão sujeitos à velocidade da demanda. Se a constância da procura sobre o material for maior que o tempo de ressuprimento, ou estas providências não forem tomadas em tempo oportuno, a fim de evitar a interrupção do fluxo de reabastecimento, teremos a situação de ruptura ou de esvaziamento do seu estoque, com prejuízos visíveis para a produção, manutenção, vendas etc.
Se, em outro caso, não dimensionarmos bem as necessidades do estoque, poderemos chegar ao ponto de excesso de material ou ao transbordamento dos seus níveis em relação à demanda real, com prejuízos para a circulação de capital.

O equilíbrio entre a demanda e a obtenção de material, onde atua, sobretudo, o
controle de estoque, é um dos objetivos da gestão.

CLASSIFICAÇÃO DE ESTOQUES

1 Estoques de Matérias-Primas (MPs)
Os estoques de MPs constituem os insumos e materiais básicos que ingressam no processo produtivo da empresa. São os ítens iniciais para a produção dos produtos/serviços da empresa.

2 Estoques de Materiais em Processamento ou em Vias
Os estoques de materiais em processamento - também denominados materiais em vias - são constituídos de materiais que estão sendo processados ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo da empresa. Não estão nem no almoxarifado - por não serem mais MPs iniciais - nem no depósito - por ainda não serem produtos acabados (PAs). Mais adiante serão transformadas em Produtos acabados.

.3 Estoques de Materiais Semi-acabados
Os estoques de materiais semi-acabados referem-se aos materiais parcialmente acabados, cujo processamento está em algum estágio intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs.

.4 Estoques de Materiais Acabados ou Componentes
Os estoques de materiais acabados - também denominados componentes - referem-se a peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas, constituirão o P A.

.5 Estoques de Produtos Acabados (Pas)
Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados e Pas.

FUNÇÕES DO ESTOQUE

As principais funções do estoque são:

1. Garantir o abastecimento de materiais à empresa, neutralizando os efeitos de:

a- demora ou atraso no fornecimento de materiais;
b- sazonalidade no suprimento;
c- riscos de dificuldade no fornecimento
.

2. Proporcionar economias de escala:

a- através da compra ou produção em lotes econômicos;
b- pela flexibilidade do processo produtivo;
c- pela rapidez e eficiência no atendimento às necessidades
.

Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do processo de compra e venda - no processo de comercialização em empresas comerciais - e entre as etapas de compra, transformação e venda - no processo de produção em empresas industriais.
Em qualquer ponto do processo formado por essas etapas, os estoques desempenham um papel importante na flexibilidade operacional da empresa. Funcionam como amortecedores das entradas e saídas entre as duas etapas dos processos de comercialização e de produção, pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações inesperadas de oferta e procura, ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as interdependências das diversas partes da organização empresarial.

NATUREZA DOS ESTOQUES

Estoque é a composição de materiais - materiais em processamento, materiais semi-acabados, materiais acabados - que não é utilizada em determinado momento na empresa, mas que precisa existir em função de futuras necessidades. Assim, o estoque constitui todo o sortimento de materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus produtos/serviços.

Os estoques podem ser entendidos ainda, de forma generalizada, como certa quantidade de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente, para produzir lucros e serviços. São lucros provenientes das vendas e serviços, por permitirem a continuidade do processo produtivo das organizações. Representam uma necessidade real em qualquer tipo de organização e, ao mesmo tempo, fonte permanente de problemas, cuja magnitude é função do porte, da complexidade e da natureza das operações da produção, das vendas ou dos serviços.

A manutenção dos estoques requer investimentos e gastos muitas vezes elevados. Evitar sua formação ou, quando muito, tê-los em número reduzido de itens e em quantidades mínimas, sem que, em contrapartida, aumente o risco de não ser satisfeita a demanda dos usuários ou dos consumidores em geral, representa um ideal conflitante com a realidade do dia-a-dia e que aumenta a importância da sua gestão.

A acumulação de estoques em níveis adequados é uma necessidade para o normal funcionamento do sistema produtivo. Em contrapartida, os estoques representam um enorme investimento financeiro. Deste ponto de vista, os estoques constituem um ativo circulante necessário para que a empresa possa produzir e vender com um mínimo risco de paralisação ou de preocupação. Os estoques representam um meio de investimento de recursos e podem alcançar uma respeitável parcela dos ativos totais da empresa. A administração dos estoques apresenta alguns aspectos financeiros que exigem um estreito relacionamento com a área de finanças, pois enquanto a Administração de Materiais está voltada para a facilitação do fluxo físico dos materiais e o abastecimento adequado à produção e a vendas, a área financeira está preocupada com o lucro, a liquidez da empresa e a boa aplicação dos recursos empresariais.

A incerteza de demanda futura ou de sua variação ao longo do período de planejamento; da disponibilidade imediata de material nos fornecedores e do cumprimento dos prazos de entrega; da necessidade de continuidade operacional e da remuneração do capital investido, são as principais causas que exigem estoques permanentemente à mão para o pronto atendimento do consumo interno e/ou das vendas. Isto mantém a paridade entre esta necessidade e as exigências de capital de giro.

É essencial, entretanto, para a compreensão mais nítida dos estoques, o conhecimento das principais funções que os mesmos desempenham nos mais variados tipos de organização, e que conheçamos as suas diferentes espécies.

Ter noção clara das diversas naturezas de inventário, dentro do estudo da Administração de Material, evita distorções no planejamento e indica à gestão a forma de tratamento que deve ser dispensado a cada um deles, além de evitar que medidas corretas, aplicadas ao estoque errado, levem a resultados desastrosos, sobretudo, se considerarmos que, à vezes, consideráveis montantes de recursos estão vinculados a determinadas modalidades de estoque.

Cada espécie de inventário segue comportamentos próprios e sofre influências distintas, embora se sujeitando, em regra, aos mesmos princípios e às mesmas estruturas de controle. Assim, por exemplo, os estoques destinados à venda são sensíveis às solicitações impostas pelo mercado e decorrentes das alterações da oferta e procura e da capacidade de produção, enquanto os destinados ao consumo interno da empresa são influenciados pelas necessidades contínuas da produção, manutenção, das oficinas e dos demais serviços existentes.

Já outras naturezas de estoque podem apresentar características bem próprias que, não estão sujeitas a influência alguma. É o caso dos estoques de sucata, não destinada ao reprocessamento ou beneficiamento e formados de refugos de fabricação ou de materiais obsoletos e inservíveis destinados à alienação e outros fins. Em uma indústria, estes estoques podem vir a formar-se aleatoriamente, ao longo do tempo, caracterizando-se como contigências de armazenagem. Acabam representando, mesmo, para algumas organizações, verdadeiras fontes de receitas ( extra-operacional ), enquanto os estoques destinados ao consumo interno constituem-se, tão somente, em despesas.

Entretanto, esta divisão por si só, pode trazer dúvidas a partir da definição da natureza de cada um destes estoques. Se entendermos por produto acabado todo material resultante de um processo qualquer de fabricação, e por matérias-primas todo elemento bruto necessário ao fabrico de alguma coisa, perdendo as suas características físicas originais, mediante o processo de transformação a que foi submetido, podemos dizer, por exemplo, que a terra adubada, o cimento, a areia de fundição preparada com a bentonita, o melaço e outros produtos que são misturados a ela para dar maior consistência aos moldes que receberão o aço derretido para a confecção de peças constituem-se em produtos acabados para seus fabricantes, e em matérias-primas para seus consumidores que os utilizarão na fabricação de outros produtos.

Do mesmo modo, a terra, a argila, o melaço e a areia, em seu estado natural, podem constituir-se em insumos básicos de produção ou em produtos acabados, dependendo da finalidade ou do uso destes itens para a empresa. As porcas, as arruelas, os parafusos etc., empregados na montagem de um equipamento, por exemplo, são produtos semi-acabados para o montador, mas, para o fabricante que os vendeu, trata-se de produtos-finais.

Diante dos exemplos apresentados, surge, naturalmente, outra classificação: estoques de venda e de consumo interno. Para uma indústria, os produtos de sua fabricação integrarão os estoques de venda e, para outra, que os utilizará na produção de outro bem, integrarão os estoques de material de consumo. Por sua vez, o estoque de venda pode desdobrar-se em estoque de varejo e de atacado. O estoque de consumo pode subdividir-se em estoque de material específico e geral. Este último pode desdobrar- se, ainda, em estoque de artigos de escritório, de limpeza e conservação etc. Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques, considerando a natureza, finalidade, uso ou aplicação etc. dos materiais que os compõem. O importante, todavia, nestas classificações, que procuram mostrar os diferentes tipos de estoque e o que eles representam para cada empresa, é que elas servem de subsídios valiosos para a (o): configuração de um sistema de material; estruturação dos almoxarifados; estabelecimento do fluxo de informação do sistema; estabelecimento de uma classificação de material; política de centralização e descentralização dos almoxarifados; dimensionamento das áreas de armazenagem; planejamento na forma de controle físico e contábil.

Introdução à gestão de estoques.

A gestão de estoque é, basicamente, o ato de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao suprimento das necessidades futuras de material, numa organização.
Os investimentos não são dirigidos por uma organização somente para aplicações diretas que produzam lucros, tais como os investimentos em máquinas e em equipamentos destinados ao aumento da produção e, conseqüentemente, das vendas.
Outros tipos de investimentos, aparentemente, não produzem lucros. Entre estes estão as inversões de capital destinadas a cobrir fatores de risco em circunstâncias imprevisíveis e de solução imediata. É o caso dos investimentos em estoque, que evitam que se perca dinheiro em situação potencial de risco presente. Por exemplo, na falta de materiais ou de produtos que levam a não realização de vendas, a paralisação de fabricação, a descontinuidade das operações ou serviços etc., além dos custos adicionais e excessivos que, a partir destes fatores, igualam, em importância estratégica e econômica, os investimentos em estoque aos investimentos ditos diretos.
Porém, toda a aplicação de capital em inventário priva de investimentos mais rentáveis uma organização industrial ou comercial.
Numa organização pública, a privação é em relação a investimentos sociais ou em serviços de utilidade pública.
A gestão dos estoques visa, portanto, numa primeira abordagem, manter os recursos ociosos expressos pelo inventário, em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo dos investimentos. E isto é obtido mantendo estoques mínimos, sem correr o risco de não tê-los em quantidades suficientes e necessárias para manter o fluxo da produção da encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo.

fluxo das atividades inerentes à administração de materiais

1- Primeiro é necessário se fazer uma análise do mercado e da necessidade de produção – ponto de partida. È necessário que antes de se decidir produzir o que quer que seja, faça-se um estudo para saber do que o mercado necessita e o quanto de determinado produto. Muitos empreendedores por cometerem erros ao analisarem o mercado e suas necessidades, investem mal seus recursos e a arcam com o fim de suas atividades. É também importante estudar a concorrência, há outro fornecedor para o mesmo produto? A que preço ele consegue colocar sua produção no mercado, é viável a competição?
2- Análise econômica financeira – Qual o nosso capital? Quanto desejamos e podemos investir? Que despesas teremos para colocar nossa produção no mercado? E o capital de Giro inicial? Há quanto de possibilidade de lucro e em quanto tempo poderemos ter o retorno sobre o capital a ser investido?
3- Programação e controle de estoque – Qual o estoque ideal para as necessidades da empresa? Não podemos ter estoque excessivo gerando gastos de capital para armazenagem, nem podemos ter um estoque insuficiente para atender à demanda, pois, isso pode nos trazer riscos consideráveis, pode gerar uma insatisfação no mercado, além de prejuizos à imagem e lucros cessantes. Temos que estudar a possibilidade de rotatividade de estoque e uma forma de atender aos clientes de forma satisfatória e com rapidez.
4- Compras-um segmento essencial do departamento de materiais e suprimentos são as compras. Comprar objetiva suprir as necessidades da empresa de materiais ou serviços, fazer um planejamento de quanto se deve comprar para se satisfazer as demandas internas no momento certo e com as quantidades corretas, atém de verificar se recebeu o que efetivamente foi comprado e providenciar o armazenamento das mercadorias adquiridas.
Vamos falar um pouco mais sobre o segmento de compras:
Objetivos básicos:
1- Comprar aos menores preços, materiais e insumos, verificando e obedecendo a padrões pré-estabelecidos de qualidade e quantidade.
2- Buscar sempre através de uma negociação justa e honesta as melhores condições para a empresa, especialmente para os pagamentos.
Para efetuar boas compras a empresa deve seguir alguns mandamentos que incluem verificação de prazos, preços , qualidade e volume.
O setor responsável pelas compras deve manter cadastro atualizado de fornecedores, analisá-los, fazer uma seleção e buscar sempre uma boa relação com o mercado fornecedor.
Um sistema adequado de compras possui algumas caracteristicas básicas, entre as quais podemos citar:
1- Sistema de compras a três cotações - tem por finalidade partir de um numero mínimo de cotações para encorajar novos competidores. A pré-seleção de concorrentes qualificados evita a perda de tempos analisando-se um grande numero de fornecedores.
2- Sistema de preços objetivos – deve-se ter um prévio conhecimento do preço que é justo. Isso ajudará nas decisões da empresa e proporcionará uma verificação dupla no sistema de cotações. Incentiva ainda a competividade entre os fornecedores que buscarão adequar seus preços à concorrência.
3- Duas ou mais aprovações - no mínimo se envolve duas pessoas em cada escolha do fornecedor. Permite esse sistema estabelecer uma defesa dos interesses da empresa pela garantia de um melhor julgamento, protegendo o comprador ao possibilitar uma revisão de uma decisão individual.
4- Documentação escrita – documentação anexa ao pedido, possibilita no ato da segunda assinatura, o exame de cada fase da negociação, permitindo a revisão e , por estar sempre junto ao processo de compras, pode esclarecer qualquer dúvida que sugir posteriormente.

vamos passar agora a uma bordagem fundamental na gestão de materiais, a gestão de estoques. No nosso próximo encontro.

TERMINOLOGIAS UTILIZADAS NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

1- Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça parte do estoque.
2- Unidade – identifica a medida, tipo de acondicionamento, características e apresentaçao física do produto ou da mercadoria ( caixa, bloco, rolo, folha, litro, galão, resma, vidro, peça, quilograma, metro e outras unidades)
3- Pontos de estocagem-locais aonde os itens em estoque são armazenados e sujeitos ao controle da administração;
4- Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização futura e que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da organização.
5- Estoque ativo ou normal – É o estoque que sofre flutuações quanto à quantidade, volume, peso e custo em consequência de entradas e saidas de mercadorias.
6- Estoque morto ou inativo – estoque estático, não sofre flutuações.
7- Estoque empenhado ou reservado – quantidade de determinado item com utilização certa, previamente comprometida e que por alguma razão permanece temporariamente no almoxarifado. Disponivel somente para aplicação ou unidade funcional específica.
8- Estoque de recuperação – quantidades de itens constituídas por sobras de retiradas de estoque, salvados ( retirados de uso através de desmontagens), sem condiçoes de uso, mas passíveis de aproveitamento após recuperação podendo vir a integrar o estoque normal ou estoque de materiais recuperados, após a obtenção de suas condiçoes normais.
9- Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - constitui as quantidades de itens em estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um Estoque Morto;
10- Estoque Disponivel - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso
11- Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível com a quantidade pedida, aguardando o fornecimento;
12- Estoque Mínimo: é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir em estoque para prevenir qualquer eventualidade ou emergência (falta) provocada por consumo anormal ou atraso de entrega;
13- Estoque Médio, Operacional: é considerado como sendo a metade da quantidade necessária para um determinado período mais o Estoque de Segurança;
14- Estoque Máximo: é a quantidade necessária de um item para suprir a organização em um período estabelecido mais o Estoque de Segurança;
15- Ponto de Pedido, Limite de Chamada ou Ponto de Ressuprimento: é quantidade de item de estoque que ao ser atingido requer a análise para ressuprimento do item;
16- Ponto de Chamada de Emergência: é a quantidade que quando atingida requer medidas especiais para que não ocorra a ruptura no estoque. Geralmente é igual a metade do estoque minimo.
17- Ruptura de Estoque: ocorre quando o estoque de determinado item zera (E = 0). O que a caracteriza é a continuação das solicitação e o não atendimento.
18- Frequencia: é o número de vezes que um item é solicitado ou comprado em um determinado período;
19- Quantidade a Pedir - é a quantidade de um item que deverá ser fornecida ou comprada;
20- Tempo de Tramitação Interna: é o tempo que um documento leva, desde o momento em que é emitido até o momento em que a compra é formalizada;
21- Prazo de Entrega: tempo decorrido da data de formalização do contrato bilateral de compra até a data de recebimento da mercadoria;
22- Tempo de Reposição, ressuprimento: tempo decorrido desde a emissão do documento de compra (requisição) até o recebimento da mercadoria;
23- Requisição ou Pedido de Compra - documento interno que desencadeia o processo de compra;
24- Coleta ou Cotação de Preços: documento emitido pela unidade de Compras, solicitando ao fornecedor Proposta de Fornecimento. Esta Coleta deverá conter todas as especificações que identifiquem individualmente cada item;
25- Proposta de Fornecimento - documento no qual o fornecedor explicita as condições nas quais se propõe a atender (preço, prazo de entrega, condições de pagamento etc);
26- Mapa Comparativo de Preços - documento que serve para confrontar condições de fornecimento e decidir sobre a mais viável;
27- Contato, Ordem ou Autorização de Fornecimento: documento formal, firmado entre comprador e fornecedor, que juridicamente deve garantir a ambos (fornecimento x pagamento);
28- Custo Fixo:- é o custo que independe das quantidades estocadas ou compradas (mão-de-obra, despesas administrativas, de manutenção etc.);
29- Custo Variável - existe em função das variações de quantidade e de despesas operacionais;
30- Custo de Manutenção de Estoque, Posse ou Armazenagem: são os custos decorrentes da existência do item ou artigo no estoque. Varia em função do número de vezes ou da quantidade comprada.
31- Custo de Obtenção de Estoque, do Pedido ou Aquisição: é constituído pela somatória de todas as despesas efetivamente realizadas no processamento de uma compra. Varia em função do número de pedidos emitidos
32- Custo Total: é o resultado da soma do Custo Fixo com o Custo de Posse e o Custo de Aquisição;
33- Custo Ideal: é aquele obtido no ponto de encontro ou interseção das curvas dos Custos de Posse e de Aquisição. Representa o menor valor do Custo Total


Na proxima aula veremos então o fluxo das atividades da administraçao de materiais.

O que objetiva a administração de material?

A Administração de Materiais tem por finalidade principal assegurar o contínuo abastecimento de artigos necessários tanto para a produção como para atender aos serviços executados pela empresa.

As empresas objetivam diminuir os custos operacionais para que elas e seus produtos possam ser competitivos no mercado.

Os materiais precisam ser de qualidade produtiva para assegurar a aceitação do produto final.

Os materias precisam estar na empresa na data desejada e com um preço de aquisição acessível a fim de que o produto possa ser competitivo permitindo à empresa um retorno satisfatório do capital investido.

Segue os principais objetivos da área de Administração de Recursos Materiais e patrimoniais:

1- Preço baixo - o mais óbvio objetivo e, certamente um dos mais importantes. Se mantida a mesma qualidade, reduzir o preço de aquisição possibilita à empresa maiores lucros e maior competitividade no mercado.

2- Alto Giro de Estoques – implica em melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital investido;

3- Baixo custo de aquisição e posse – Dependem de forma fundamental do bom trabalho desenvolvido pelas áreas de Controle de Estoques, Armazenamento e Compras.

4- Continuidade de Fornecimento – resulta de uma análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por esse item.

5- Consistência de Qualidade – a área de materiais se responsabiliza apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas a qualidade dos produtos e/ ou serviços constituem-se no único objetivo da gerência de materiais.

6- Despesas com pessoal – obter melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com uma despesa menor – em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. “às vezes é compensador maior investimento em pessoal porque se pode alcançar com isso outros objetivos, propiciando maior benefício em relação aos custos".

7- Relações favoráveis com fornecedores – a posição de uma empresa no mundo dos negócios é em alto grau determinada pela maneira como negocia com seus fornecedores.
8- Aperfeiçoamento de pessoal – Toda unidade deve estar interessada em aumentar a aptidão de seu pessoal.

9- Bons registros – São considerados como objetivo primário , pois contribuem para o papel da administração de materiais , na sobrevivência e nos lucros da empresa, de forma indireta.

10 - Aperfeiçoamento de pessoal - Toda a unidade deve se interessar em aumentar e aperfeiçoar a aptidão de seu pessoal.